domingo, 11 de junho de 2017

Pseudo

                         Pseudo
Era uma noite estrelada, quando de dentro da casa amarela ouviu-se em alto e bom som a música que saia do meu som estéreo. Já estava na terceira garrafa de vinho, que por um descuido caiu e espalhou o líquido vermelho como sangue.
Eu moro numa das cidades mais populosas do mundo , uma verdadeira selva de pedras, mas ainda assim estou numa ilha. Sinto-me como um barco que veleja sozinho na imensidão que é o mar.
Certa vez estava sentado a observar um senhor que estava jogando algumas pedras próximas ao lago. Senti-me em paz por alguns instantes, mas depois imaginei-me como sendo aquela pedra arremessada, voando livre e, por fim, por mais forte que seja, tem horas que afunda.
Afogando-me, solitário, nessa imensidão de água, imensidão de vazio. Mas, ainda assim, porém, ainda há momentos de calmaria, momentos de segurança como quando protegidos pelas mãos do senhor.
Aaaah! Já estou muito bêbado, já não sei o que digo, se tem ao menos sentido. Logo eu que era tão sonhador, sonhava em ganhar milhões, não nem a sombra de quem eu era. Construí paredes ao meu redor, paredes tão altas que nem mesmo a luz do sol conseguia penetrá-las. Um raio de sol não entrava ali, e sem luz, nem a mais simples flor conseguia ali brotar. Tornei-me terra infértil.  Pseudo homem, pseudo vida, e nada.

Texto de Mateus Aragão
Turma: 2° ano de Edificações

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